Projeto do Empreendedorismo Inovador é destaque no Jornal da Globo
No último dia 26 de junho, o Jornal da Globo divulgou uma matéria referente a projetos desenvolvidos por estudantes e professores de instituições públicas da Bahia que vêm despertando o interesse da iniciativa privada, além de evidenciarem a importância do investimento em pesquisa.
Entre os projetos divulgados na matéria, está o Cicatribio, um gel para cicatrização de feridas à base do látex da mangaba, desenvolvido por João Pedro de Oliveira e Ítila Maykely Conceição, ambos alunos do ensino médio técnico em Química, do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), da cidade de Catu, e que conta com a orientação do professor Saulo Luis Capim.
O produto será, inicialmente, comercializado para uso veterinário. Já a versão para uso em humanos deve chegar ao mercado posteriormente. Para alcançar a fase atual da pesquisa, a composição do Cicatribio passou por testes em laboratórios do IF Baiano, da Universidade Estadual de Santa Cruz e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, além de laboratórios terceirizados. Os resultados comprovaram que o látex de mangaba apresenta alta viabilidade celular, ação bacteriostática contra cepas de bactérias e indução na produção de uma substância de fundamental importância no processo cicatricial de feridas: o óxido nítrico (NO).
A pesquisa, que resultou no desenvolvimento do gel, originou também a primeira startup do IF Baiano. De acordo com o orientador da pesquisa, Saulo Capim, o Cicatribio é um produto farmacológico para tratamento cutâneo extremamente inovador, pois oferece ao consumidor a possibilidade de acompanhar a evolução da ferida através de um aplicativo. O app já está disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos para celulares, e um QR Code, disponível na embalagem do produto, encaminha o usuário para a instalação do app.
O financiamento do software será viabilizado por meio do Edital Empreendedorismo Inovador da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e do Ministério da Educação (MEC), que também destinará parte do valor para os testes in vivo.