Projeto 186
INSTITUTO FEDERAL DE PARAÍBA(IFPA)
A manufatura aditiva com uso de dados para impressão 3D já é presente na maioria das indústrias. No entanto, na construção civil é incipiente e se mostra como uma tecnologia inovadora para atender às demandas futuras da indústria da construção civil. Embora, alguns exemplos de estruturas de concreto impressas em 3D estejam disponíveis em todo o mundo, muitos desafios permanecem no nível técnico e de processamento, pois em primeiro lugar, ainda não estão disponíveis códigos para testar as propriedades estruturais do concreto utilizado por manufatura aditiva.
Dessa forma, verifica-se a importância dessa tecnologia aditiva para economia 4.0 na indústria da construção civil, pois a manufatura aditiva para construção de habitações se mostra uma tecnologia disruptiva no mercado atual brasileiro, não havendo aplicações práticas nem produtos comercializados no Brasil, necessitando assim do desenvolvimento de materiais e processos, além da validação em ambiente operacional para que essa tecnologia possa ser aplicada com segurança.
Na construção 3D um dispositivo de impressão 3D móvel é montado sobre trilhos ou sobre um braço robótico central e, assim imprime de forma ininterrupta, ao adicionar o material compósito (concreto ou argamassa) camada a camada, pelo comando de computador a partir de modelos de projeto pré-definidos em CAD, sem necessidade de formas ou concretagem posterior.
O mercado mundial de impressão 3D em concreto (3DCP) para a construção civil vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos. Em 2011, o negócio da impressão 3D em concreto era de cerca de 1,5 bilhão de dólares (apenas em pesquisas iniciais). Atualmente, estima-se que a impressão 3D em concreto atinja 12,1 bilhões em 2020. Tecnologia que pode ser capaz de reduzir de 30 a 60% dos resíduos de construção, 50 a 80% dos custos de mão de obra e 50 a 70% do tempo de produção.
Neste contexto, o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), por meio do grupo de pesquisa “Materiais e construções sustentáveis” realizará uma pesquisa inovadora no estado da Paraíba para desenvolver essa a tecnologia de fabricação aditiva em concreto (3DCP), buscando assim a pesquisa sistêmica com foco na multidisciplinaridade de conhecimento, entendendo não somente o comportamento do material e estrutural, atrelados a aspectos de sustentabilidade e de validação do processo construtivo.